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As recentes façanhas esportivas que geraram empolgação nas torcidas pelo mundo inteiro têm muito a nos ensinar sobre o poder do cérebro humano e do foco. O que verificamos foram momentos épicos, das maiores competições mundiais, onde grandes atletas e times se depararam com uma situação de desvantagem quase irreversível. No momento em que tudo parecia estar perdido, houve uma mobilização de forças, um foco profundo, encabeçadas pelas grandes estrelas na ordem do Cleveland Cavaliers, do New England Patriots e do Barcelona.
No último Playoff do basquete da NBA, o time do Cleveland Cavaleirs estava perdendo de lavada para o excelente time do Golden State Warriors que havia conquistado a melhor campanha de temporada regular da história da NBA.
Ao analisarmos sobre a ótica da Neurociência esse playoff, percebemos que o momento era extremamente positivo para o Golden State e seus atletas experimentavam um estado de flow, pico de performance e cérebro no modo positivo com grande descarga de neurotransmissores que auxiliam a performance, notadamente: dopamina, endorfina, oxitocina e serotonina.
Já no futebol americano, o New England Patriots enfrentava o Atlanta Falcons, time que tinha melhor campanha e o melhor jogador da temporada. O que se viu, nos dois primeiros quartos do jogo foi um massacre para o time de Atlanta.
Em recente partida de futebol pela Champions League, o super time do Barcelona, enfrentou um revés histórico contra o Paris Saint Germain. O time catalão perdeu de 4×0 a partida de ida, no Parque dos Príncipes, em Paris. Para reverter esse placar e se classificar, o time de Neymar precisava ganhar por uma diferença de 5 gols em Barcelona.
O que há de comum nessas três histórias? De onde esses times encontraram forças para reverter o que parecia impossível? O que isso pode lhe ensinar sobre carreira e liderança? A Neurociência pode trazer luz a situação e nos oferecer caminhos promissores.
Nas três competições, os times enfrentavam um momento extremamente negativo. A imprensa e os torcedores davam a situação como perdida. O neurônio espelho dos atletas, localizado no córtex pré-motor, denominando de neurônio viso-motor, crucial para a imitação estava certamente contaminado pelos memes vigentes que apresentavam a situação como irreversível. Os times estavam, literalmente, no fundo do poço. Havia descarga de neurotransmissores negativos: adrenalina e cortisol.
Eis que, nesse momento, os líderes de cada time: Lebron James, Tom Brady e Neymar começaram a mobilizar seus companheiros. Movidos por uma gana indelével de vencer, um foco profundo no momento presente, concentração total, mobilizaram todo o poder de seus cérebros e de seus corpos para iniciar um movimento de virada. Ao analisarmos seus olhares, percebemos as pupilas dilatadas, um brilho intenso e uma vibração contagiante. Claramente entraram num estado de mindfulness. Começaram a fazer pontos e gols e todos começaram a acreditar no impossível. Nesse momento, seus cérebros começam a liberar neurotransmissores positivos sublimando os negativos. Pelo poder de liderança que possuem ativaram nos cérebros de seus colegas os neurônios espelho e passaram a alterá-los pro modo positivo. O resultado? Conseguiram uma virada inacreditável e entraram para a história esportiva mundial.
Assim, aprendemos que para uma boa carreira e gestão de equipes é de suma importância a liderança pelo exemplo, manter o cérebro no modo positivo e contaminar a equipe com emoções positivas. Além disso, o desejo ardente de vencer, o foco profundo e a atenção plena na situação presente têm papel vital para o sucesso nas batalhas que passamos pela vida. Fica a lição do esporte para o nosso dia-a-dia.